Carta do Economista: Aceleração na retirada nos estímulos monetários nos EUA dominam cenário e geram ajustes nas bolsas

Por Arilton Teixeira*

Em janeiro, a confirmação pelo Federal Reserve (Fed) da zeragem da compra de ativos em março, do início do aumento dos juros para breve e da redução do estoque de ativos, gerou um ajuste nos mercados. Houve queda de valor das empresas, aumento dos retornos dos títulos públicos e valorização do dólar. Ao mesmo tempo, a Europa mantém recuperação e a China tem crescimento em queda.

No Brasil, os dados indicam que a economia continua crescendo e que a inflação anual começa a dar sinais de estabilização. Além disso, com o Congresso em recesso, não tivemos votações de proposta de aumento de gastos e/ou impostos. Este cenário com queda das bolsas nas maiores economias e estabilidade interna, atraiu capital estrangeiro, levando a valorização da bolsa, do real e queda do risco Brasil.

Mercado interno

As perspectivas da economia brasileira e dos preços dos ativos nos próximos meses continuam a depender: (i) da vacinação e contenção da pandemia; (ii) manutenção da estabilidade política interna; (iii) avanço das reformas, reduzindo o risco fiscal e inflacionário; (iv) da política monetária nos EUA.

As reformas votadas em 2021 aumentaram a fragilidade fiscal com mais gastos ou aumentaram o risco tributário. Finalmente, as eleições de 2022 que ainda não afetaram os preços, podem trazer mais instabilidade ao longo do ano.

Mercado Externo

Na China, os dados do PIB mostraram que a economia continua com queda do crescimento. Por outro lado, nos Estados Unidos,  a criação de vagas de trabalho atingiu 10,5 milhões em novembro, o desemprego em dezembro caiu de 4,2% para 3,9% e o PIB teve crescimento de 6,9% no último trimestre. Contudo, o problema dos EUA é a elevada e crescente inflação que atingiu 7% em dezembro.

Ainda, na Zona do Euro, o PIB teve crescimento anualizado no 4º trimestre de 4,6%, mostrando aceleração em relação ao 3º trimestre e mantendo a recuperação. Enquanto isso, o Reino Unido ainda não divulgou os dados da atividade econômica.

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*Economista-chefe da Apex Partners